Carlos Viegas Gago Coutinho |
Carlos Viegas Gago Coutinho (Lisboa, 17 de Fevereiro de 1869 — Lisboa, 18 de Fevereiro de 1959) foi um geógrafo cartógrafo, oficial da Marinha Portuguesa, navegador e historiador. Juntamente com o aviador Sacadura Cabral, tornou-se um pioneiro da aviação ao efectuar a Primeira travessia aérea do Atlântico Sul, no hidroavião Lusitânia.
Biografia
Nasceu em Belém, Lisboa, em 17 de Fevereiro de 1869, filho de José Viegas Gago Coutinho e de Fortunata Maria Coutinho.
De família humilde, não pode frequentar, como desejava, o curso de Engenharia na Alemanha e ingressou, aos 17 anos, na Marinha Portuguesa, tendo terminado o curso da Escola Naval em 1888.
Serviu em vários navios e participou nas operações militares de Tungue em 1891 e em Timor em 1912.
Biografia
Nasceu em Belém, Lisboa, em 17 de Fevereiro de 1869, filho de José Viegas Gago Coutinho e de Fortunata Maria Coutinho.
De família humilde, não pode frequentar, como desejava, o curso de Engenharia na Alemanha e ingressou, aos 17 anos, na Marinha Portuguesa, tendo terminado o curso da Escola Naval em 1888.
Serviu em vários navios e participou nas operações militares de Tungue em 1891 e em Timor em 1912.
Distinguiu-se como cartógrafo e geodeta a partir de 1898, quando de sua primeira comissão em Timor. Até 1920 levantou e cartografou não apenas aquele território mas também o de Niassa (1900), Congo (1901), Zambézia (1904-1905), Barotze (1912-1914), São Tomé e Príncipe (1916), estabelecendo vértices geodésicos e determinando coordenadas em missões científicas onde conseguia precisões notáveis, devido ao seu rigor e dedicação à missão que lhe fora confiada. Respondeu pela delimitação definitiva da parte norte da fronteira entre Angola e Zaire.
No decurso destes trabalhos fez a pé a travessia da África, onde conheceu Sacadura Cabral. Este incentivou-o a dedicar-se ao problema da navegação aérea, o que levou ao desenvolvimento do sextante de bolha artificial, posteriormente comercializado pela empresa alemã Plath com o nome "Sistema Gago Coutinho". Juntos inventaram ainda um "corretor de rumos" (o "plaqué de abatimento") para compensar o desvio causado pelo vento. Para testar essas ferramentas de navegação aérea, realizaram em 1921 a travessia aérea Lisboa-Funchal.
Assim preparados, em 1922, no contexto das comemorações do centenário da Independência do Brasil, os dois aviadores realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, sendo recebidos entusiasticamente em várias cidades do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife), bem como no regresso a Portugal.
Gago Coutinho recebeu largo reconhecimento devido a este feito, tendo sido promovido a contra-almirante e condecorado com as mais altas e prestigiosas distinções do Estado Português, além de ter recebido várias outras condecorações estrangeiras. Retirou-se da vida militar em 1939.
Em 1954 a TAP convidou-o para um voo experimental ao Rio de Janeiro em um DC-4, antecipando a futura linha regular que se estabeleceria em 1961.
A partir de 1925 dedicou-se à História Náutica, tendo desenvolvido vasta obra de investigação científica, publicando significativa variedade de trabalhos geográficos e históricos, principalmente acerca das navegações portuguesas, como, por exemplo, "O Roteiro da Viagem de Vasco da Gama" e a sua versão de "Os Lusíadas". Vários de seus trabalhos encontram-se compilados na "Náutica dos Descobrimentos".
Correspondeu-se com grandes nomes da história da aviação da época como Alberto Santos Dumont, apoiou Sarmento de Beires e João Ribeiro de Barros.
Pertenceu ao Grande Oriente Lusitano da Maçonaria Portuguesa e foi sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa, onde foi responsável por uma das secções.
Por decisão da Assembleia Nacional foi promovido a Almirante em 1958. Faleceu no dia seguinte a completar 90 anos, sendo sepultado no Cemitério da Ajuda em Lisboa.
Homenagens
Entre outras homenagens, vários logradouros homenageiam Gago Coutinho:
* Uma rua no Rio de Janeiro, próxima ao Parque Guinle
* Uma rua em São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil
* Uma rua em Londrina, Paraná, Brasil
* Praça onde localiza-se o Aeroporto Internacional de Salvador, Salvador, Bahia, Brasil
* Avenida Almirante Gago Coutinho, em Lisboa
* Uma Avenida em Santo André,na Grande São Paulo
* O edíficio da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, no Algarve,Portugal, tem sede na rua Rua Gago Coutinho, n.º1
* Uma rua em Cuiabá, Mato Grosso, próximo a Av. CPA
* Uma rua em Viana do Castelo, Portugal.
Obras
* COUTINHO, Gago. A náutica dos descobrimentos. Os descobrimentos marítimos vistos por um navegador. Colectânea de artigos, conferências e trabalhos inéditos do Almirante Gago Coutinho, Org. e pref. do Comandante Moura Braz, 2 vols., Lisboa, Agência Geral do Ultramar, 1951-1952.
* COUTINHO, Gago. Ainda Gaspar Corte-Real, 35 p., Lisboa, 1950.
* COUTINHO, Gago. Influencia que as primitivas viagens portuguesas a America do Norte tiveram sobre o descobrimento das "Terras de Santa Cruz", 26 p, Lisboa, 1937.
No decurso destes trabalhos fez a pé a travessia da África, onde conheceu Sacadura Cabral. Este incentivou-o a dedicar-se ao problema da navegação aérea, o que levou ao desenvolvimento do sextante de bolha artificial, posteriormente comercializado pela empresa alemã Plath com o nome "Sistema Gago Coutinho". Juntos inventaram ainda um "corretor de rumos" (o "plaqué de abatimento") para compensar o desvio causado pelo vento. Para testar essas ferramentas de navegação aérea, realizaram em 1921 a travessia aérea Lisboa-Funchal.
Assim preparados, em 1922, no contexto das comemorações do centenário da Independência do Brasil, os dois aviadores realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, sendo recebidos entusiasticamente em várias cidades do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife), bem como no regresso a Portugal.
Gago Coutinho recebeu largo reconhecimento devido a este feito, tendo sido promovido a contra-almirante e condecorado com as mais altas e prestigiosas distinções do Estado Português, além de ter recebido várias outras condecorações estrangeiras. Retirou-se da vida militar em 1939.
Em 1954 a TAP convidou-o para um voo experimental ao Rio de Janeiro em um DC-4, antecipando a futura linha regular que se estabeleceria em 1961.
A partir de 1925 dedicou-se à História Náutica, tendo desenvolvido vasta obra de investigação científica, publicando significativa variedade de trabalhos geográficos e históricos, principalmente acerca das navegações portuguesas, como, por exemplo, "O Roteiro da Viagem de Vasco da Gama" e a sua versão de "Os Lusíadas". Vários de seus trabalhos encontram-se compilados na "Náutica dos Descobrimentos".
Correspondeu-se com grandes nomes da história da aviação da época como Alberto Santos Dumont, apoiou Sarmento de Beires e João Ribeiro de Barros.
Pertenceu ao Grande Oriente Lusitano da Maçonaria Portuguesa e foi sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa, onde foi responsável por uma das secções.
Por decisão da Assembleia Nacional foi promovido a Almirante em 1958. Faleceu no dia seguinte a completar 90 anos, sendo sepultado no Cemitério da Ajuda em Lisboa.
Homenagens
Entre outras homenagens, vários logradouros homenageiam Gago Coutinho:
* Uma rua no Rio de Janeiro, próxima ao Parque Guinle
* Uma rua em São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil
* Uma rua em Londrina, Paraná, Brasil
* Praça onde localiza-se o Aeroporto Internacional de Salvador, Salvador, Bahia, Brasil
* Avenida Almirante Gago Coutinho, em Lisboa
* Uma Avenida em Santo André,na Grande São Paulo
* O edíficio da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, no Algarve,Portugal, tem sede na rua Rua Gago Coutinho, n.º1
* Uma rua em Cuiabá, Mato Grosso, próximo a Av. CPA
* Uma rua em Viana do Castelo, Portugal.
Obras
* COUTINHO, Gago. A náutica dos descobrimentos. Os descobrimentos marítimos vistos por um navegador. Colectânea de artigos, conferências e trabalhos inéditos do Almirante Gago Coutinho, Org. e pref. do Comandante Moura Braz, 2 vols., Lisboa, Agência Geral do Ultramar, 1951-1952.
* COUTINHO, Gago. Ainda Gaspar Corte-Real, 35 p., Lisboa, 1950.
* COUTINHO, Gago. Influencia que as primitivas viagens portuguesas a America do Norte tiveram sobre o descobrimento das "Terras de Santa Cruz", 26 p, Lisboa, 1937.
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